Startup de IA Cluely causa polêmica com ferramenta de “trapaça indetectável” e ganha rival
A Cluely, uma startup de inteligência artificial que utiliza uma janela oculta no navegador para analisar conversas online, está no centro de uma controvérsia após afirmar que sua função de “indetectabilidade” permite aos usuários “trapacear em tudo”.
O início da polêmica
O co-fundador da empresa, Roy Lee, foi suspenso da Universidade de Columbia após admitir que usou a Cluely, originalmente chamada de Interview Coder, para “trapacear” em um teste de programação durante uma entrevista de emprego na Amazon. O caso ganhou destaque e levantou debates sobre ética no uso de IA.
O surgimento de um rival
Nesta semana, outro estudante da Universidade de Columbia, Patrick Shen, anunciou o lançamento do Truely, uma ferramenta que se apresenta como “anti-Cluely”. O produto promete detectar o uso de aplicativos não autorizados durante entrevistas ou reuniões online, criando um novo capítulo nessa batalha tecnológica.
“Não nos importamos se podemos ser detectados ou não. A função de invisibilidade não é o cerne da Cluely. É um recurso adicional”, afirmou Lee em resposta ao lançamento do Truely.
Mudança de estratégia
Após levantar US$ 15 milhões em uma rodada de investimento liderada pela Andreessen Horowitz, a Cluely decidiu afastar sua imagem de “ferramenta de trapaça”. O slogan da empresa foi alterado de “trapaceie em tudo” para “Tudo o que você precisa. Antes mesmo de pedir. Parece trapaça”.
Ambições maiores
Roy Lee revelou que a Cluely tem planos ambiciosos: substituir o ChatGPT. “Queremos que, sempre que você pensar em acessar o ChatGPT, opte pela Cluely”, disse. “Nossa tecnologia faz o mesmo que o ChatGPT, mas com a vantagem de entender o que está na sua tela e ouvir o que acontece no seu áudio”.
A estratégia de marketing da Cluely, descrita como “isca de indignação”, parece ter funcionado, colocando a startup no radar de investidores e concorrentes.