Meta Reality Labs: Ano Atual é ‘Pivotal’ para o Futuro do Metaverso, Diz CTO
Andrew “Boz” Bosworth, Diretor de Tecnologia (CTO) da Meta e um dos seus primeiros engenheiros, havia sinalizado anteriormente que 2025 poderia ser o ano da consagração ou do fracasso para o Reality Labs, a divisão de realidade aumentada e virtual da empresa. Contudo, Boz demonstra agora um otimismo crescente, classificando o ano corrente como verdadeiramente “pivotal” para as ambições da Meta no metaverso.
“Julgaremos ao final da década, mas este realmente parece ser o ano crucial”, afirmou Bosworth durante uma entrevista à Bloomberg Technology, indicando uma mudança de perspectiva em relação a um memorando interno do início do ano que previa 2025 como o momento decisivo, seja para a glória ou para que o metaverso se tornasse uma “aventura lendária e malsucedida”.
O Sucesso dos Óculos Inteligentes como Precursor
Um forte indicativo dessa nova confiança vem do desempenho dos óculos inteligentes Ray-Ban da Meta. Boz destacou que o produto foi um avanço significativo, capaz de entusiasmar tanto os consumidores quanto os concorrentes. Desde o seu lançamento em outubro de 2023, mais de 2 milhões de unidades foram vendidas até fevereiro. De forma impressionante, no outono passado, estes óculos chegaram a superar as vendas dos modelos tradicionais da Ray-Ban em algumas lojas, mesmo antes da total implementação das suas funcionalidades de Inteligência Artificial.
A Concorrência Aquece o Mercado
O sucesso da Meta não passou despercebido, estimulando o mercado. O Google, por exemplo, anunciou no mês passado parcerias com a Gentle Monster e a Warby Parker para o desenvolvimento de óculos inteligentes baseados na sua plataforma Android XR. Além disso, circulam informações de que a Apple também está se preparando para lançar os seus próprios óculos inteligentes em 2026.
“De repente, saímos de um trabalho na obscuridade para estarmos no mundo com um produto muito atraente para os consumidores e, consequentemente, para os concorrentes”, comentou Boz. “O relógio da competição começou a correr, e isso significa que o progresso que fizermos este ano tem um valor desproporcional em relação a qualquer ano anterior ou posterior.”
Foco na Execução e Adoção pelo Mercado
Apesar do cenário competitivo crescente, Bosworth enfatiza que a validação final virá da adoção dos produtos de Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR) da Meta pelo mercado. É essa adoção que, segundo ele, impulsionará a indústria a padronizar a tecnologia.
Relembrando um ensinamento de Sheryl Sandberg, ex-Diretora de Operações da Meta, Boz salientou: “A maioria das empresas não falha por ser derrotada por um concorrente, mas por não executar corretamente seu próprio plano”. Por isso, o foco principal da equipe do Reality Labs está na execução impecável dos “ambiciosos planos da Meta para o ano”, os quais, segundo o CTO, estão bem encaminhados.
O Futuro em Jogo
“O que saberemos até o final do ano é se executamos nosso plano ou não”, concluiu Boz. “O que saberemos em cinco anos é se isso foi suficiente.” A aposta da Meta no metaverso e nas tecnologias imersivas permanece alta, e os próximos meses serão determinantes para moldar o futuro dessa visão.
