CEO da Duolingo esclarece polêmica sobre uso de IA e demissões de contratados

Luis von Ahn, CEO da Duolingo, enfrentou críticas no início deste ano após anunciar que a empresa se tornaria uma “companhia orientada por IA”. No entanto, em uma nova entrevista, ele admitiu que o problema pode ter sido a falta de contexto fornecido na época.

“Internamente, isso não foi controverso”, disse von Ahn ao The New York Times. “Externamente, como uma empresa de capital aberto, algumas pessoas assumiram que era apenas por lucro. Ou que estávamos tentando demitir humanos. E essa não era a intenção.”

O executivo destacou que a Duolingo nunca demitiu funcionários em tempo integral e não planeja fazê-lo. Embora tenha confirmado a redução no número de contratados, ele explicou que essa prática varia de acordo com as necessidades da empresa.

Experimentos semanais com IA

Apesar das críticas, que não afetaram significativamente os resultados financeiros da empresa, von Ahn continua otimista em relação ao potencial da inteligência artificial. A equipe da Duolingo dedica todas as sextas-feiras de manhã para experimentar novas tecnologias de IA, em uma iniciativa chamada “f-r-A-I-days” — um trocadilho que o próprio CEO admite não saber pronunciar corretamente.

Impacto da IA no futuro da Duolingo

Von Ahn reforçou que o objetivo da empresa é melhorar a experiência do usuário e a eficácia do aprendizado de idiomas, não substituir humanos. A Duolingo já lançou mais de 148 cursos criados com auxílio de IA, conforme relatado pelo IAFeed, mostrando como a tecnologia pode ser uma aliada no desenvolvimento de conteúdo educacional.

Com um futuro cada vez mais integrado à inteligência artificial, a Duolingo parece determinada a liderar a inovação no setor de educação digital.