Governo Trump Estuda Política de Tarifas para Forçar Produção Doméstica de Chips
A administração Trump está considerando uma abordagem inédita para impulsionar a produção nacional de semicondutores: uma política baseada em proporções que penalizaria fabricantes domésticos com tarifas caso não cumpram metas específicas.
Proposta de Proporção 1:1
Segundo informações do Wall Street Journal, o governo avalia uma medida que obrigaria as empresas de semicondutores dos EUA a fabricar no país a mesma quantidade de chips que seus clientes importam de fabricantes estrangeiros. As companhias que não atingissem essa proporção 1:1 estariam sujeitas a tarifas, embora o prazo para cumprimento ainda não esteja definido.
Objetivo e Riscos
Esta abordagem baseada em proporções seria incomum para alcançar o objetivo declarado de trazer a fabricação de semicondutores de volta aos Estados Unidos. Embora possa eventualmente levar ao aumento da produção doméstica, especialistas alertam que a medida tem potencial para prejudicar a indústria americana de chips até que a fabricação local consiga atender à imensa demanda do mercado.
Desafios da Produção Doméstica
O estabelecimento de fábricas de chips nos EUA não é uma tarefa simples nem rápida. A fábrica da Intel em Ohio, originalmente programada para inaugurar este ano, sofreu múltiplos atrasos e agora tem previsão de abertura apenas em 2030.
Enquanto isso, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) anunciou em março que investirá US$ 100 bilhões nos próximos quatro anos em infraestrutura para apoiar plantas de produção de chips nos Estados Unidos, embora tenha fornecido poucos detalhes sobre o cronograma específico.
Contexto das Tarifas
O presidente Donald Trump vem discutindo a imposição de tarifas sobre a indústria de semicondutores desde o início de agosto, como parte de sua estratégia mais ampla para fortalecer a manufatura americana e reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros, particularmente da Ásia.
A medida reflete a crescente preocupação com a segurança da cadeia de suprimentos de tecnologia crítica e o desejo de garantir que os Estados Unidos mantenham capacidades de produção estratégicas em setores considerados vitais para a segurança nacional e a competitividade econômica.
