Nvidia e AMD Acordam Pagar Tarifas para Vender Chips de IA na China

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Nvidia e AMD Acordam Pagar Tarifas para Vender Chips de IA na China

Em uma reviravolta significativa no mercado de tecnologia, as gigantes Nvidia e AMD concordaram em pagar ao governo dos EUA 15% da receita obtida com a venda de chips de inteligência artificial de alta performance na China. O acordo, reportado pelo Financial Times, permite que as empresas continuem a comercializar seus produtos no país asiático, mas sob novas condições financeiras.

Detalhes do Acordo

Segundo fontes anônimas citadas pelo Financial Times, a Nvidia compartilhará parte da receita gerada pelas vendas do seu chip H20, enquanto a AMD fará o mesmo com o modelo MI308. O governo dos EUA já começou a emitir licenças para a venda desses produtos, marcando uma nova fase nas relações comerciais entre os países.

Contexto Histórico

As restrições à exportação de chips de IA para a China remontam ao governo Trump, que em abril de 2025 impôs limites à venda de certos modelos de alto desempenho. No entanto, a medida foi suspensa meses depois, quando a Nvidia anunciou investimentos de até US$ 500 bilhões em data centers nos EUA. Em julho do mesmo ano, a empresa retomou as vendas do chip H20, desenvolvido especificamente para o mercado chinês após as sanções do governo Biden.

Críticas e Controvérsias

O acordo não está livre de polêmicas. Especialistas em segurança nacional e ex-funcionários do governo enviaram uma carta ao secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, pedindo a reversão da decisão. Eles argumentam que a venda desses chips pode comprometer a segurança nacional, especialmente em um contexto de tensões geopolíticas.

Implicações Geopolíticas

O secretário Lutnick relacionou a mudança de postura da Nvidia às negociações comerciais com a China sobre elementos de terras raras, essenciais para a produção de componentes como baterias recarregáveis de veículos elétricos. O episódio ilustra como a tecnologia e a política estão cada vez mais entrelaçadas no cenário global.

Com informações do Financial Times e IAFeed.

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