ONU Desenvolve Avatares de IA para Educar sobre Questões de Refugiados
Um instituto de pesquisa ligado às Nações Unidas criou dois avatares movidos por inteligência artificial (IA) com o objetivo de ensinar as pessoas sobre os desafios enfrentados por refugiados. Os avatares, chamados Amina e Abdalla, representam personagens fictícios que vivem realidades distintas em meio a conflitos humanitários.
Quem são Amina e Abdalla?
Amina é uma mulher que fugiu do Sudão e agora vive em um campo de refugiados no Chade. Já Abdalla é um soldado fictício das Forças de Apoio Rápido (Rapid Support Forces), um grupo paramilitar sudanês. Ambos foram desenvolvidos como parte de um experimento conduzido por uma equipe do Centro de Pesquisa de Políticas da Universidade das Nações Unidas.
Como Funciona a Experiência?
Os usuários podem interagir com Amina e Abdalla através de um site dedicado, onde os avatares respondem perguntas e compartilham suas histórias. A iniciativa visa oferecer uma perspectiva mais imersiva e educativa sobre as crises humanitárias. No entanto, alguns relatos indicam que o acesso ao site pode apresentar instabilidades.
Objetivo e Críticas
Segundo Eduardo Albrecht, professor da Universidade de Columbia e pesquisador sênior da UNU-CPR, o projeto foi inicialmente uma exploração conceitual. “Estávamos apenas brincando com a ideia”, afirmou ele, destacando que a proposta não é uma solução definitiva para a ONU.
Um artigo que resume o trabalho sugere que esses avatares poderiam ser usados no futuro para sensibilizar doadores de forma rápida. No entanto, o projeto também recebeu críticas. Durante workshops, alguns participantes argumentaram que os refugiados “são plenamente capazes de falar por si mesmos na vida real”, questionando a necessidade de representações virtuais.
O Futuro da Tecnologia Humanitária
Apesar das controvérsias, a iniciativa abre caminho para discussões sobre como a IA pode ser usada para fins educativos e humanitários. A tecnologia, quando bem aplicada, tem o potencial de amplificar vozes e histórias que muitas vezes são marginalizadas.
Para saber mais sobre o projeto e tentar interagir com os avatares, visite o site oficial: askamina.ai.