O renomado quadrinista Paul Pope está de volta com uma exposição retrospectiva e lançamentos inéditos após mais de uma década longe dos holofotes.
Paul Pope, conhecido por obras icônicas como “Batman: Ano 100” e “Battling Boy”, está reemergindo no cenário artístico com uma série de novidades. Após anos de trabalho silencioso, o artista finalmente revela parte de seu acervo inédito em uma exposição na Philippe Labaune Gallery, em Nova York, e no lançamento de uma edição expandida de seu livro de arte, “PulpHope2: The Art of Paul Pope”.
O Retorno de um Mestre
Em entrevista exclusiva, Pope admitiu que os últimos anos foram marcados por frustrações. “Criar graphic novels não é como fazer quadrinhos. É como escrever um romance, pode levar anos, e ninguém vê o trabalho até estar pronto”, disse ele, segurando uma pilha de desenhos ainda não publicados.
Agora, os fãs poderão conferir seu trabalho em uma exposição que abrange toda a sua carreira, além do aguardado lançamento do primeiro volume de “THB”, sua épica ficção científica autopublicada. “São movimentos estratégicos”, brincou Pope, referindo-se ao que chamou de “reposicionamento” de sua marca.
Arte Analógica em um Mundo Digital
Pope é conhecido por seu estilo analógico, utilizando pincéis e nanquim em vez de ferramentas digitais. No entanto, ele não descarta o uso da IA como ferramenta auxiliar. “Qualquer ferramenta que funcione é válida”, afirmou. “Uso a IA para pesquisa, mas não para criar arte.”
O artista também expressou preocupação com o avanço da IA no mercado criativo. “É concebível que os quadrinhos sejam substituídos por IA em breve”, disse ele, destacando a importância da inovação humana para manter a autenticidade da arte.
O Futuro de Pope
Além da exposição e dos lançamentos, Pope adiantou que está trabalhando em “Battling Boy 2”, sequência de sua aclamada série. “É como dirigir um carro de alta performance sem gasolina suficiente”, brincou, referindo-se aos desafios de conciliar projetos ambiciosos com prazos apertados.
Para Pope, o futuro da arte está na capacidade humana de inovar. “Máquinas podem replicar, mas não inventar como nós”, concluiu.