O Segredo do Sucesso na Era da IA? CEO da Lattice Aponta para o ‘Equilíbrio’ e a Valorização Humana

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O Segredo do Sucesso na Era da IA? CEO da Lattice Aponta para o ‘Equilíbrio’ e a Valorização Humana

Em um mundo empresarial cada vez mais permeado pela inteligência artificial (IA), Sarah Franklin, CEO da Lattice – empresa de software para gestão de desempenho de talentos avaliada em US$ 3 bilhões –, elege “equilíbrio” como sua palavra de ordem. Para ela, encontrar a harmonia entre a inovação tecnológica e o fator humano é crucial para navegar a atual revolução da IA.

A Filosofia “Pessoas Primeiro” em Meio à Ascensão da IA

Durante sua participação no SXSW London e em conversas com o portal IAFeed, Franklin defendeu veementemente a necessidade de um olhar ponderado sobre as oportunidades e riscos da IA. Enquanto algumas corporações vislumbram a IA como um meio para reduzir drasticamente o quadro de funcionários, líderes como Franklin alertam para a importância de manter os colaboradores humanos, potencializando suas capacidades com assistentes de IA e “agentes” inteligentes.

“Nós colocamos as pessoas em primeiro lugar”, afirmou Franklin ao IAFeed, ao descrever a abordagem da Lattice, que tem progressivamente adotado mais funcionalidades de IA e automação em suas plataformas.

A CEO argumenta que a busca por substituir integralmente o trabalho humano pode parecer uma estratégia de redução de custos eficaz a curto prazo, mas arrisca comprometer um bem precioso: a confiança do cliente.

“É fundamental questionar: estamos construindo para o sucesso da IA em primeiro lugar, ou para o sucesso das pessoas e dos nossos clientes?”, ponderou Franklin. Ela ressalta que a confiança é a moeda mais importante para qualquer empresa, e que “é bom ter eficiência, mas não se deve trocá-la pela confiança”.

Pilares para uma IA Responsável e Centrada no Humano

Franklin destacou a importância da transparência, responsabilidade e da aplicação consciente da IA como alicerces para uma implementação bem-sucedida:

  • Transparência com as equipes: É vital que os líderes comuniquem abertamente aos colaboradores sobre o papel e o funcionamento da IA na empresa.
  • Aplicação direcionada: A IA deve ser empregada para atingir metas específicas, de forma que as pessoas compreendam seu mecanismo e propósito.
  • Responsabilidade humana: Em última instância, os seres humanos devem ser responsabilizados pelos resultados e impactos gerados pela IA.

“Do contrário, nós é que estaremos a serviço da IA, em vez de a IA estar a serviço de nós”, alertou a executiva.

Aplicações Práticas e a Indispensável Supervisão Humana

Após sua apresentação no SXSW, Franklin revelou ao IAFeed que a Lattice já desenvolveu um agente de RH com IA, projetado para fornecer insights proativos e assistir os colaboradores em reuniões individuais. Além disso, a companhia oferece uma plataforma que permite aos clientes da Lattice criar seus próprios agentes de IA customizados para suas necessidades de negócio.

Contudo, ela foi enfática ao afirmar que qualquer tecnologia de IA implementada por uma empresa deve contar com a supervisão humana. “É uma forma de manter os freios e contrapesos que já estamos acostumados a ter em nosso ambiente de trabalho”, explicou.

O Futuro Pertence às Empresas que Valorizam a Conexão Humana

Na visão de Sarah Franklin, as empresas que prosperarão na era da IA serão aquelas que souberem priorizar as pessoas. Esse princípio, segundo ela, é uma das salvaguardas mais cruciais que uma organização pode estabelecer ao lidar com a inteligência artificial.

“Todos temos a responsabilidade de assegurar que estamos desenvolvendo estas tecnologias em benefício da sociedade e das pessoas”, declarou Franklin. Para ela, “a conexão humana é insubstituível, e as empresas vencedoras serão aquelas que compreenderem isso.”

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