Layer: A Revolução na Exibição de Arte Digital com Telas de Luxo por Angelo Sotira, Fundador do DeviantArt
Angelo Sotira, a mente por trás da popular plataforma de arte digital DeviantArt, que ele fundou ainda na adolescência e transformou em uma comunidade vital para milhões de artistas nos anos 2000, está de volta com uma nova proposta ambiciosa. Vinte e cinco anos depois, Sotira busca reinventar não a criação, mas a exibição da arte digital com sua nova empresa, a Layer.
Recentemente, Sotira apresentou a Layer, uma tela projetada especificamente para exibir arte digital com a máxima qualidade possível. Este não é um display comum; é uma peça de tecnologia de ponta pensada para os apreciadores mais exigentes da arte digital contemporânea.
O que é a Layer? Uma Janela Premium para a Arte Digital
“A forma como a tela precisa se comportar e interagir no seu ambiente é bem diferente de outros tipos de displays,” explicou Sotira em entrevista ao IAFeed. “Ela precisa se integrar a ambientes sofisticados.”
Embora produtos como a The Frame TV da Samsung, que simula uma pintura na parede, possam vir à mente, a Layer eleva essa concepção a um patamar de ultra luxo. Com um preço de $22.000, fica claro que a Layer não é um produto de consumo em massa. “Não poupamos despesas nem esforços. Não fizemos concessões para produzir o que é, em nossa opinião, a melhor maneira de exibir arte digital em uma parede,” afirmou Sotira.
Arte que Vive e Respira: O Foco na Arte Generativa por IA
Quando Sotira fala sobre arte digital, ele não se refere a fotografias digitais ou vídeos convencionais. A Layer foi concebida para obras de arte que são, em essência, software. A empresa está colaborando com centenas de artistas, como Casey Reas, que criam arte generativa por IA – não o tipo gerado por modelos de linguagem que utilizam trabalhos de outros artistas sem consentimento, mas sim obras criadas por artistas que escrevem seus próprios códigos para produzir peças digitais que evoluem e se transformam ao longo do tempo.
Essas obras de arte, como a maioria dos softwares de IA, exigem um poder computacional considerável. Isso explica em parte o alto custo da Layer. “Estamos falando de mais de 35 anos de história de artistas extraordinários desenvolvendo a arte baseada em código. Essencialmente, os pixels na tela são governados pelo código que roda ao vivo na GPU, renderizando-o em resolução total,” disse Sotira. “Ele controla cada pixel, sem passar por algoritmos de compressão.”
Visão e Experiência do Usuário: Simplicidade Sofisticada
Sotira está ciente de que não é o primeiro a tentar criar uma forma melhor de exibir arte digital. Em sua época no DeviantArt, ele recebeu inúmeras propostas de produtos semelhantes. Essa experiência o ajudou a identificar o que faltava nas tentativas anteriores.
“Um dos princípios norteadores é que você pode conectá-la, ligá-la e esquecê-la, e ela deve saber como sequenciar a arte para você,” disse ele. Sotira queria que sua tela fosse autossustentável, evitando a necessidade de atualizações manuais constantes. “Ela vai ficar na sua parede por cinco anos, então precisa se integrar muito, muito bem à sua vida.”
Modelo de Negócios e Foco nos Artistas
A Layer não é apenas sobre hardware. Ao adquirir uma tela Layer, os proprietários ganham acesso por assinatura a uma coleção de arte dos artistas digitais parceiros. Esses artistas, por sua vez, recebem royalties com base no tempo em que suas obras são exibidas. “Colocamos os artistas em primeiro lugar, e essa é a missão e filosofia central da Layer,” enfatizou Sotira.
Apesar de ser um produto de nicho e alto custo, a Layer já atraiu investidores. Ainda em fase sigilosa, a startup levantou $5,7 milhões em financiamento de nomes como Expa Ventures, Human Ventures, Slauson & Co., além de investidores anjo como o cofundador do Twitter, Evan Williams, e o cofundador do Behance, Scott Belsky.
Com a Layer, Angelo Sotira não está apenas vendendo uma tela, mas uma nova experiência e um ecossistema que promete valorizar tanto a arte digital dinâmica quanto seus criadores, mirando um público que busca exclusividade e a mais alta fidelidade na apreciação artística.
